Durante a sessão de cinema, fiz um poema.
Era outono ainda... agora a primavera se aproxima...
Eu nunca vi o seu sorriso gargalhante, nem brindei o reveillón contigo numa taça brilhante, mas nos meus escritos, você é a estrela mais bonita, e a mais distante...
Eu nunca andei de mãos dadas contigo na beira do mar, mas nos meus sonhos, chegamos a jantar com os pés na areia, antesala de Iemanjá, e brindamos sim, numa taça iluminada pelo sol se pondo, odoyá...
Eu nunca fui apresentada à sua família, nem nunca recebi aquele apaixonado bom dia, mas nos meus olhos, eu carrego o amor ainda nu e cru, sem orgulho, sem pecado, só revirado pelo avesso do avesso do avesso... que o diga Caetano... caralho, será que é isso Caetano?
Eu nunca tive nem chance de ensinar, só aprendi a ser e não ser, eis tantas questões que o Shakeaspeare veio me mostrar, me provocar, me alucinar e me elucidar... Em que estação naquele ano, daquele dia, estávamos nos vendo pela primeira vez? Era outono também... Te reencontro sempre no outono...
Entretanto, neste outono finalmente me despeço, para sempre.
Odoyá
esteja onde seja feliz.
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