quinta-feira

em nome

em nome da humanidade

desceram as cortinas da verdade
subiram as legendas da vaidade

quis assim que uma espécie de aviso fosse dado
um alerta, um recado
vindo de um sem fim de mundos antes
que aonde se planta vantagens
se nascem as sacanagens
e as satanagens...


da natureza
vieram todos os sinais
da natureza humana
vieram todos os ais
ora, ora, quem grita mais que uma boca silenciada
no meio da floresta queimada?

em nome de um tudo
faz-se um nada

para onde vão as dores do mundo senão para o próprio mundo?
cada sentimento que vira vento e água
cada -mágua-
vem e vai nos hospitais
ora, ora, quem cavou esta afirmação e deixou cair sua conclusão?



a cor do dia não foi inaugurada
e arrumar as gavetas foi como
um passaporte de ida e chegada
para cada dobra, uma memória daquela roupa
calças e calcinhas coloridas dançam em silêncio...

em nome de quê, não gritamos?





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